Com a prorrogação do decreto estadual, as entidades que há exatos 01 anos trabalham pela manutenção das empresas abertas e desde o inicio de março 2021 pedem alterações nos horários de funcionamento, se preocupam com os estabelecimentos que funcionam somente a noite e buscam meios de sensibilizar o governo do estado para ampliação dos horários de funcionamento, pois esse setor está sendo penalizados desde o início desta pandemia.
O presidente da ASCOM Raimundo Bedin, CDL Juína Luiz Fernandes Dias além do assessor executivo João Paulo Morini, estiveram no gabinete do prefeito Paulo Veronese, na tarde desta terça-feira (16). Participaram ainda da reunião o procurador do município Dr. Juliano Cruz e o chefe de gabinete Robson Machado.
Foram apresentadas às entidades, as ações que o poder público tem realizado para combater o Covid-19 e o pedido para que reforcem protocolos de combate.
Segundo o prefeito o município está atuando na manutenção do bom funcionamento dos leitos, centro de triagem e atendimentos relacionados a COVID-19, mesmo diante da escassez de profissionais e equipamentos. “Já autorizamos a compra de mais 2 respiradores, os valores ainda são muito altos, mas temos que comprar, por outro lado, os que precisam de manutenção, além do alto investimento, não se encontram peças com disposição imediata” explicou o prefeito.
O gestor pediu ajuda às entidades para trabalho de conscientização junto aos associados, colaboradores e consumidores, reforçando os protocolos de segurança.
Na oportunidade as entidades relataram a situação alarmante que se encontram os comércios que atuam nas atividades noturnas, em especial os de alimentação e pediram ao gestor que cobre do governo do estado flexibilização do horário de atendimento.
“Hoje temos mais de 70 empresas que contratam e esse número chega facilmente a 200, das que a família toda é empregada do empreendimento, lanchonetes, restaurantes, distribuidoras, espetinhos, bares e tantos outros, e todas elas estão vivendo um colapso financeiro e elas não querem dinheiro do estado, só querem poder trabalhar. Estamos na eminencia de um desemprego, que já está alto, acontecer de forma generalizada em nosso município, pois essas empresas não têm clientes para abrir as portas e fechar as 19h, atendentes, garçons, equipes de limpeza, auxiliares de cozinha e outros, estão ficando desempregados, pois para o delivery, apenas uma pessoa na cozinha e o aplicativo de entrega dão conta. ” Chamou a atenção João Paulo Morini, assessor das entidades.
Na oportunidade, um documento trazendo o impacto que esse fechamento tem gerado, além de sugestões para serem levadas ao estado, foram protocolados junto ao prefeito.
“Por mais que a situação de Juína hoje seja preocupante, mas não um colapso, o prefeito deixou claro que não tem autonomia para fazer um decreto diferente ao do estado, por isso desde o início dos decretos estamos mobilizando as entidades a nível estadual, para sensibilizar o governo” disse Bedin, presidente da ASCOM.
“Ninguém aqui está dizendo que o vírus não exista e que nada deve ser feito, concordamos com isso, tanto é que o comercio de Juína vem dando exemplo desde o início da pandemia e estamos à disposição para colaborar, mas entendemos que ações como essa, não surtem efeito direto no combate a pandemia, já no comercio, nas empresas, o efeito e catastrófico” comentou Luiz Fernandes Dias, presidente da CDL Juína.
Na oportunidade as entidades cobraram do executivo quanto a posição da AMM – Associação Mato-grossense dos municípios, que pediu lockdown ao governo do estado, o prefeito Paulo informou não ter sido consultado sobre essa manifestação, que ela seria sem o consentimento dos representantes do município e que solicitaria explicações da entidade que representa os municípios.
Paulo Veronese se comprometeu a levar essa demanda ao governo do estado e auxiliar na busca por alternativas ao setor.