13/09/2012 ás 18:19:00
Reajuste de conta de energia é reposição de inflação
As tarifas cobradas sobre energia elétrica para Mato Grosso foram aumentadas neste setembro. Para consumidores de alta tensão – grandes estabelecimentos comerciais e aglomerados como shoppings, além de indústrias, o reajuste impactará em 9,5% a mais sobre a conta no final do mês. Para pequenas lojas e residências, 9,43%.
De acordo com nota da Cemat, no caso da classe comercial alta tensão, “o reajuste, se comparado à tarifa regular de 2011, foi de 2,68% - subindo de R$ 0,43653 o quilowatt-hora para R$ 0,44822 o KWh. Porém, comparando a nova tarifa à que o consumidor vinha pagando, desde 08 de abril de 2012 (R$ 0,40918 o KWh), o impacto é de 9,5%”.
E para os de baixa tensão o efeito tarifário médio aos consumidores cativos da Cemat, que seria de 2,62%, agora será de 9,43% em média, pois a Cemat praticou tarifa reduzida entre 08 de abril a 30 de agosto de 2012 - isto é, apenas a tarifa econômica do ano anterior, estabelecida no reajuste de 2011, sem os componentes financeiros.
Paulo Gasparoto, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), diz que a análise isolada dos números do aumento para 2012 mostra um índice acima da inflação, o que a primeira vista parece indevido e injusto com os consumidores.
“No entanto, se averiguarmos os índices de inflação, desde 2008, e no mesmo período os percentuais de reajustes promovidos pela Cemat, veremos que a empresa apenas fez a reposição da inflação, novamente”. Portanto, conclui o dirigente lojista, este aumento está dentro do esperado e correto, tendo como base a inflação nos últimos 4 anos.
O impacto médio tarifário sobre as contas de energia em Mato Grosso, segundo relatório da assessoria da própria Cemat, obedeceu à seguinte sequência: redução de 8,08% em 2008 e de 0,09% em 2010. E aumento de:13,04% (em 2009), 12,89% (2011), e de 9,5% em 2012, a partir deste setembro.
A inflação ficou em 5,9% em 2008; 4,3% em 2009; 5,91% em 2010; 6,5% em 2011; estando o acumulado do ano de 2012 em 5,24%, com meta para ficar em 4,5%.
“Se somarmos a média de inflação nestes anos e observamos a média de aumentos praticados pela Cemat no mesmo período, teremos um resultado que nos mostra a reposição da inflação sobre a conta de energia elétrica, o que é o adequado”, informa Gasparoto.
Valor x Qualidade – Para o presidente da CDL Cuiabá a qualidade do serviço da Central Elétrica em Mato Grosso “é bom”, no âmbito de regularidade de fornecimento, leitura dos medidores, qualidade dos equipamentos de medida e entrega em datas pontuais do boleto de pagamento. “O tempo de avaliação de projetos e execução dos mesmos é que precisa ainda melhorar”, acrescenta.
Quanto ao desempenho da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Gasparoto acredita que o fato de não haver abusos nos aumentos tarifários é resultado do trabalho de regulação da Agência. “Inclusive é até mesmo um exemplo para outras agências reguladoras – análises independentes e fiscalização prestada em prol da sociedade. Pois quando as agências reguladoras são movidas a fins políticos, não são independentes e nem atuantes no seu papel, a população tem serviços caros e sem qualidade”, pontua.
Fonte: Assessoria de Imprensa CDL Cuiabá
Escrito por: Honéia Vaz